2. Por onde começar

Resgatemos que o MDO é um modelo para a adoção de estruturas e métodos já definitivamente testados, aprimorados e disponíveis no mercado, destinado a criar diferenciais favoráveis ao aprimoramento e à expansão do negócio[1]. Com sua adoção, a organização passa a incorporar, de maneira racional e estruturada, métodos, técnicas e ferramentas já consolidadas e a conduzir uma permanente adaptação de sua estrutura organizacional para manter-se na liderança de seus negócios-chave – aqueles nos quais consegue sustentar vantagens competitivas.

Recomenda-se começar com o apoio de uma consultoria especializada na implantação do modelo. Isso se justifica porque a organização precisa continuar focada em seus objetivos e também porque, em seu quadro funcional, dificilmente haverá alguém com a expertise e a isenção necessária para conduzir tal mudança. A consultoria ajudará o dirigente a identificar os problemas e gargalos que impedem ou ameaçam o aumento da lucratividade e a aceleração do ritmo dos negócios. Ela saberá como identificar as ações mais cabíveis em cada um dos macroprocessos do desenvolvimento, quais as metologias apropriadas para eliminar as restrições identificadas, e como estabelecer um plano de mudança, com metas, prazos e responsabilidades definidas. Tais metas devem ser poucas e balanceadas, mas irão minimamente identificar preocupações financeiras (curto prazo) e de crescimento organizacional (longo prazo).

Ainda se faz necessário estruturar o contexto para a adequada condução e avaliação dos benefícios da mudança: as ações precisam ser balizadas por indicadores e metas, recursos têm de ser alocados aos processos, resultados pressupõem responsabilidades, e regras são essenciais para o aprimoramento dos processos. Ademais, no curso das mudanças, os gestores precisarão lidar com reações, bem como contornar ou minimizar outros riscos. Mas, as mudanças só se concretizam quando ocorrerem na mente das pessoas, e se sabe que crenças, valores, princípios e hábitos demoram a ser implantados ou substituídos. Então também é preciso estabelecer uma estratégia para aprimorar a comunicação na organização, para disponibilizar a informação, fazê-la fluir na estrutura hierárquica e no curso dos processos, para se transformar o conhecimento em oportunidades de melhoria e de crescimento. Felizmente, isso também é rápido de se fazer.

Enfim, é chegada a hora de se tratar dos problemas identificados. A consultoria ajudará a mapear os processos críticos, e a encontrar soluções para eliminar os gargalos identificados e introduzir melhorias. Observe quantos métodos e técnicas já estão sendo suavemente incorporados ao processo de negócio, e como a abordagem do modelo já se evidencia como adequada para gerar resultados rapidamente. E ainda mal raspamos a crosta!

Os resultados precisam ser o maior incentivo para que a organização continue a se beneficiar do esforço coletivo de desenvolvimento. Então, uma vez que os princípios embutidos nas ações comecem a ser incultidos na mente dos dirigentes, gerentes, técnicos, empregados e fornecedores, um ciclo virtuoso se estabelece naturalmente, e a organização pode orientar-se para novos desafios[2].

O crescimento financeiro precisa ser sustentado pelo crescimento pessoal e espiritual. E os novos princípios também precisam transcender aos portões da organização. É notório como ações de responsabilidade social e ambiental elevam o conceito e a admiração pela organização nas comunidades onde esta atua, e como relações de confiança na cadeia de valor ajudam a baixar os custos para o consumidor final, ao reduzir as estruturas de compras e de comercialização e o imobilizado em estoques.

[1] O termo negócio tem sentido amplo, podendo referir-se a governos, empresas, igrejas, escolas, ou a qualquer tipo de organização que disponibilize conhecimentos, produtos ou serviços à sociedade.

[2] São exemplos: aumentar a captação de oportunidades; atrair investimento direto estrangeiro; conquistar novos mercados pela inovação; aumentar a receita; inserir a organização em novas cadeias de suprimento; contornar obstáculos no mercado internacional; aumentar a efetividade dos recursos alocados; criar massa crítica pela interação entre empresas e; fortalecer a competitividade global.

Um comentário:

Unknown disse...

D.O. = 1 = 2(tópicos)
muito interessante esse post, esse modelo ele é adotado por alguma empresa!? você teria algum exp? tenhu uma apresentação sobre o assunto poderia me dá uma ideia de o que ficaria bom numa apresentação em power point!?

desde jah agradeço!

att,

João Caseiro

joaocorrea_jr@hotmail.com -> MSN